“25 abril III. Santarém”. Manuel Dominguez

29 Abril 2024
Saímos de Lisboa e rumamos para o berço, a fonte, onde o destino fez chegar aqui onde a memória está presente.
“Meus senhores, como todos sabemos, existem diferentes tipos de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que nos referimos. Agora, nesta noite ensolarada, vamos acabar no estado em que estamos! Então, eu quero ir com você, vamos para Lisboa e acabamos com isso. Quem for voluntário, sai e forma. “Eu não quero ir embora, fique aqui!”
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma mais firme e serena, característica do Salgueiro Maia, apareceram imediatamente à sua frente.
Depois continuaremos para Lisboa e marcharemos na viagem.
Aqui no chamado jardim dos cravos está o Chaimite comandado pelo Capitão Salgueiro Maia, daqui da escola prática de cavalaria, deste local partiram as tropas para acabar com o estado a que chegámos.
De Santarém partimos para Castelo de Vide, local onde nasceu o nosso capitão e onde repousam também os seus pais;
Este ano, tal como o anterior, já não podemos agradecer à madrinha, ele chamava-lhe assim era a segunda mulher do seu pai desde que a mãe da Maia morre, devido a uma pancada num autocarro de Lisboa.
Falou-se em transferir os restos mortais para o panteão nacional de Portugal, honra a quem a honra merece, mas ele deixou isso muito claro, muito claro.
«Não se preocupe com o lugar onde você vai enterrar meu corpo. “Preocupamo-nos com aqueles que queremos enterrar ou ajudar a construir” foram dois desejos expressos no testamento do Salgueiro Maia, capitão do Abril.
Estas são minhas penúltimas palavras de admiração e respeito.
“Aquele que naquele momento dá a vitória
respeitou ou expirou
Quem deve tudo e não pede para pagar
Aquele que ganha dinheiro a cada hora
Perda ou apetite
Aquele que ama os outros e por isso
Não colabore com sua ignorância ou vício
Aquele que foi “fiel a uma palavra dada a uma ideia dada”
como antes, dê-lhe mais também por ele
As pessoas disseram "
Sophia de Mello Breyner Andresen, dedicada ao Salgueiro Maia

Outros artigos

“Nun dezasete de maio…” – Manuel Domínguez

No dia 17 de maio de 2019 veu a este mundo, não sei se era menino ou menina, uma vida muito especial, uma vida que nos incentiva a viver, a lembrar, uma vida que mantém a esperança de um projeto vivo. Já são 5 anos, no mundo da informação, dia a dia, onde a notícia é...

+

“Que non veña un inverno duro!”. Antón Luaces

Van aló máis de quince anos desque a Xunta, a través da consellería do Mar (antes, de Pesca) contempla o pasar do tempo mentras os mariscadores sachan, sementan e fan cálculos sobre as perdas económicas que supoñen os vertidos dos encoros e a carencia dunha política...

+

“A Sanidade non se vende, a sanidade deféndese”. Antón Luaces

Pública e responsable. Así debe ser a Sanidade en España. Para esto, o Goberno derogará a lei aprobada por José María Aznar (a Lei 15/1997) que permitía o que, hoxe en día, está a acontecer: a privatización dun servizo público e universal que tanto custou e custa á...

+

Publicidade

Revista en papel

Opinión

¿El mundo se ha vuelto idiota?. José Antonio Constenla

¿El mundo se ha vuelto idiota?. José Antonio Constenla

Antes de que la palabra idiota fuera un insulto y la RAE en su diccionario ladefiniera como tonto, corto de entendimiento o falto de instrucción, los antiguosgriegos la usaban para referirse a los que no se ocupaban de los asuntospúblicos y se dedicaban en exclusiva a...

“El IES Díaz Castro de Guitiriz”. Joisé Castro López

“El IES Díaz Castro de Guitiriz”. Joisé Castro López

James Botkin, coautor de “Aprender, horizonte sin límites” (Informe al Club de Roma,1979) contrapone el "aprendizaje de mantenimiento" que enseña a los escolares aenfrentarse a situaciones conocidas, al "aprendizaje innovador", que transmiteconocimientos y...