A Asociación Cultural Barbantia, o xornal La Voz de Galicia e o Concello de Porto do Son organizan este venres 30 de setembro a presentación do libro Jalundes, do escritor Alberte Pagán. Será ás 20.30 horas no salón de actos do Auditorio da Casa da Cultura sonense, no número 1 da rúa Atalaia. Intervirán o concelleiro de Cultura Juan Pouso, o coordinador de Barbantia, Pastor Rodríguez, e máis o propio autor, Alberte Pagán. A vertente musical do acto literario será achegada pola Escola de Música de Porto do Son. A actividade complementarase, neste remate de setembro, coa presentación do número 177 do suplemento cultural A Voz de Barbantia, que sairá o sábado 1 de outubro co diario La Voz de Galicia.
Jalundes segundo o autor
Jalundes começou a escrever-se no quarto dum hotel de Kathmandu em março de 2020 quando o governo nepalês pechou as fronteiras e o espaço aéreo (inviabilidade de abandonar o país) e decretou o confinamento da populaçom (impossibilidade de sair do hotel). A pandemia que provocou estas medidas foi detonante do relato, mas as múltiplas conversas entre o viageiro e a sua sombra, mais filosóficas que narrativas, levavam tempo aninhando na cabeça. As 224 secçons (pílulas espaço-temporais) topárom abrigo numha estrutura poliédrica inspirada tanto na fragmentaçom da Exposiçom de atrocidades de J.G. Ballard como na literatura aforística de Friedrich Nietzsche.
Jalundes é narrativa sem princípio nem fim (coleçom de pequenos acontecimentos sem significado), é tratado filosófico-político (crítica da razom conformista), é estudo de psicogeografia e de psicopatologia social. Jalundes é retrato da passional carência de paixom de Amaro Ferreiroa. Jalundes é um mosaico no que cada tessela se mantém em equilíbrio entre a sua identidade individual e a nota de cor que aporta ao conjunto. O processo de ordenaçom de cada umha das peças chegou a ser tam laborioso como o da própria escritura.
Jalundes é um elefante na sala (de banho).